Terca-Feira, 23 de Abril de 2024

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Prefeitura apresenta projeto arquitetônico do novo hospital de Cianorte
Noroete
Prefeitura apresenta projeto arquitetônico do novo hospital de Cianorte
Cianorte / Noroete / 10-10-2019

Empreendimento será construído na Avenida Amazonas, esquina com a Avenida Maranhão, e terá 242 leitos

            Um espaço grandioso e moderno. Assim pode ser definido o novo hospital que será construído em Cianorte, a partir do ano que vem, pela Prefeitura, no cruzamento das Avenidas Amazonas e Maranhão. O projeto arquitetônico foi apresentado na tarde dessa terça-feira (08), no Paço Municipal Wilson Ferreira Varella, por um representante da empresa MEP Arquitetura e Planejamento, que é especialista em empreendimentos voltados para a área saúde. A exposição foi acompanhada por autoridades municipais; servidores; lideranças de bairros, clubes de serviços, associações e entidades; e pela comunidade em geral.

            “A administração pública precisa se atentar a vários eixos para o desenvolvimento pleno de uma cidade. Assim como se preocupa em ofertar água de qualidade ou energia suficiente, também precisa proporcionar o melhor atendimento em saúde. É por conta disso que, desde que assumimos, temos empenhado esforços nesse segmento. Lutamos muito, por exemplo, para que a Santa Casa se reestruturasse e para a construção da UPA”, relembrou o prefeito Bongiorno, ao apontar que agora a necessidade é por mais espaço. “Hoje não temos onde colocar mais um leito. Nossa população não para de crescer e, por isso, precisamos agir rapidamente”, completa.

            Para atender a essa demanda, surgiu a proposta de uma nova unidade hospitalar. “Queremos que esta edificação tenha capacidade para atender a nossa cidade e a região por um período de tempo maior. Sendo assim, nossa proposta é um projeto amplo, com uma tipologia vertical, formada por cinco pavimentos, e com 12.550,23 m² de área construída, com espaços reservados para futuras ampliações. A estrutura terá capacidade para 242 leitos, sendo 30 voltados para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI)”, informou o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Nelson Magron Junior. Para se ter uma ideia, a Santa Casa de Cianorte, possui 101 leitos, dos quais 10 são de UTI. “Praticamente, dobraríamos a capacidade de atendimento”, salienta.

            Conforme explicou a secretária municipal de Saúde, Michelly Poliana Viguiato Pricinotto, com a estrutura ampliada, será possível aumentar o número de especialidades médicas ofertadas. “Esta unidade hospitalar está sendo projetada para se enquadrar na Atenção Terciária, ou seja, estará focada na alta complexidade, inclusive com Pronto Atendimento. Sendo assim, ela certamente atrairá novas especialidades médicas”, pontuou.

O investimento estimado para a construção é de R$53.716.400,19, com o custo de R$4.280,11 por m². A referência é o Sistema Nacional de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI). Os projetos foram entregues aos técnicos da Prefeitura e serão submetidos às diversas análises pelos órgãos competentes. Com a aprovação, a equipe da Secretaria de Desenvolvimento Urbano iniciará a montagem do processo licitatório para a contratação da empreiteira que realizará a obra. “A nossa expectativa é de que ainda no ano que vem iniciemos esta construção que, certamente, será um marco para a saúde pública no nosso município”, finalizou o prefeito Bongiorno, acompanhado do vice, Beto Nabhan; do presidente da Câmara de Vereadores, Silvio Fernandes; e do secretário municipal de Administração, Eliab Vieira Moreno, na oportunidade representando o deputado estadual Jonas Guimarães.

 

EMPREENDIMENTO

            A planta foi apresentada pelo arquiteto Carlos Marchesi, da MEP Arquitetura e Planejamento, de Londrina, que já desenvolveu inúmeras edificações médicas, como os hospitais de Pitanga e de Toledo. A empresa, contratada para realizar desde o levantamento topográfico, sondagem, projeto arquitetônico e todos os outros complementares, como o elétrico, hidráulico, estrutural e climatização, e o orçamento estimado da obra, levou cerca de cinco meses para concluir a proposta, que envolveu o trabalho de mais de 70 profissionais. “A estrutura está adequada à forma que o Ministério da Saúde preconiza, atendendo a todas as especificações do Corpo de Bombeiros e da Vigilância Sanitária, bem como as específicas do segmento”, relatou o profissional.

            O empreendimento será construído em um terreno localizado nos cruzamentos das Avenidas Amazonas e Maranhão (próximo à antiga linha férrea). Sua área total é de 13.300 m², da qual será utilizada, em projeção, pouco mais de 4.600 m². “Desse modo, a gente ainda possui cerca de 8 mil m² para futuras ampliações”, comentou o arquiteto. O prédio será alocado no centro do terreno, oferecendo na parte frontal estacionamento para o público e aos fundos para funcionários. O local ainda oferece fácil acesso à ambulâncias e veículos, já que é cercado por avenidas largas e que não apresentam problemas com fluxo; e ao transporte público, ficando próximo à Rodoviária e ao terminal central.

            Conforme o projeto apresentado, a unidade hospitalar seguirá conceitos de sustentabilidade, com reaproveitamento da água da chuva, energia fotovoltaica e aquecimento solar de água através de teto solar com apoio elétrico. “Além disso, a proposta atende ao princípio da humanização, de modo que todo leito permitirá um acompanhante. Independente se o paciente é criança, adolescente ou idoso, conforme obrigam os respectivos Estatutos, haverá, para qualquer que seja a patologia, sexo ou idade, uma área para que alguém permaneça ao lado do paciente durante todo o tratamento”, disse o arquiteto. O projeto também contempla sistema de isolamentos, inclusive contra o contágio aéreo, casos de doenças como tuberculose e gripe suína; será todo climatizado; e contará com pontos de gás e televisão individuais.

Quanto à proposta assistencial do hospital, o arquiteto explicou que haverá 242 leitos. “Desses, 207 serão censáveis, que são aqueles que pode ocorrer a pernoite. Eles serão divididos em dez leitos de UTI neonatal e pediátricos e 20 leitos de UTI para adultos – divididas em duas alas, com dez leitos, cada. Ainda haverá leitos para unidade de cuidados intermediários, para o Mãe Canguru – onde a mãe fica junto com a criança -, o que qualificará o hospital para participar do programa Rede Cegonha; e para partos humanizados”, explicou.  As enfermarias contarão com três leitos, cada.

            A recepção principal do hospital dará acesso à internamentos, visitas, fornecedores e acompanhantes. “Além deste local de chegada, também haverá outros para uma Unidade de Diagnóstico, com horário de atendimento com turnos estabelecidos; para o pronto atendimento adulto e infantil, por 24 horas, com acessos separados; e para o acesso administrativo”, informou Carlos. A estrutura contará com quatro elevadores do tipo maca-leito, com capacidade para transportar 21 pessoas ou o leito inteiro com equipe, sendo que dois serão para o hall social e os outros dois para o de serviços.  

 

 

 


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