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Problemas conjugais
Comportamento
Problemas conjugais
São Tomé / Comportamento / 27-03-2017

“Assim já não são mais dois, mas uma só carne. Portanto o que Deus ajuntou, não o separe o homem”.
Mt 19.6


Querido leitor, hoje começamos mais uma série de artigos, onde abordarei um pouco sobre os problemas conjugais. Muitos casais sofrem em nossa geração por conta dos problemas que envolvem o casamento, isso pode parecer incomum para quem está vivendo problemas na relação a dois, mas dificuldades no relacionamento conjugal é uma das queixas mais frequentes nos gabinetes pastorais e consultórios. Diariamente pessoas se queixam da falta de comunicação, do estresse gerado pelo relacionamento, ou por questões intimas do casal. Diante disso, sinto que de alguma maneira posso contribuir, mesmo com minha pouca experiência, haja vista que existem pastores e psicólogos com melhor experiência no assunto. Mas, entendo que com essa série de artigos posso deixar minha contribuição para que você possa, pelo menos dar uns primeiros passos, para um casamento duradouro e feliz.


Hoje veremos uma introdução sobre o assunto, mas nas próximas semanas abordaremos sobre o que a Bíblia diz sobre os problemas conjugais, as causas mais relevantes dos problemas, seus efeitos e como evitá-los.  Minha oração é que Deus abençoe seu matrimônio e que você possa ter um casamento duradouro e feliz.
O matrimônio deixou de ser uma instituição estável, pelo menos no mundo ocidental do qual vivemos. Para se ter uma ideia, nos Estados Unidos, a duração média de uma união matrimonial é de apenas 9,4 anos. Mais de um milhão de casais se divorciam anualmente. Muitos dos que permanecem juntos têm um casamento tolerável, mas não feliz.


Porém, existem casamentos felizes. Em nossa luta para ajudar pessoas com relacionamentos conturbados, às vezes nos esquecemos de que muitas pessoas têm casamentos duradouros e satisfatórios. Recentemente, pesquisadores fizeram um levantamento com trezentos casais que se consideravam “felizes no casamento” e que estavam juntos a pelo menos quinze anos. Os casais entrevistados mostraram um notável grau de concordância quanto ao que torna um casamento feliz. O fator mencionado com maior frequência foi: “Ter uma imagem positiva do cônjuge, de um modo geral”, e considerar o parceiro como seu melhor amigo. Em essência, todos os entrevistados disseram algo como: “Estou casado com alguém que se importa comigo, que se preocupa com meu bem-estar, que me dá tanto ou mais do que recebe de mim, que é acessível e confiável e que não encara a vida de forma sombria e pessimista”.


A segunda chave para um casamento feliz era acreditar na importância do compromisso. O casamento era visto como algo a que as pessoas deveriam se agarrar com unhas e dentes e se esforçar para tornar cada vez melhor, apesar das dificuldades. Além disso, as pessoas felizes no casamento tinham as mesmas metas na vida, desejavam que o casamento desse certo, e conseguiam rir muito quando estavam juntas. Para a surpresa do pesquisador, menos de dez por cento das pessoas bem casadas mencionou as relações sexuais satisfatórias como um ingrediente importante para um bom casamento.


Apesar de casamentos felizes como esses existirem e serem possíveis, estamos vivendo em uma época em que a infidelidade conjugal se tornou comum, e em que muitas pessoas veem o divórcio como uma saída de emergência conveniente e sempre disponível, para o caso dos problemas matrimoniais ficarem muito difíceis de resolver. A “incompatibilidade de gêneros” torna-se motivo suficiente para o rompimento da união conjugal, e o divórcio amigável permite que o casamento seja legalmente desfeito quando um dos cônjuges, ou ambos, simplesmente não quer mais permanecer junto. O matrimônio, essa união permanente instituída por Deus, nessa geração pós-moderna da qual vivemos, é tratado cada vez mais como um acordo de convivência temporária.
Essas atitudes da sociedade pós-moderna, associada às diversas pressões que cercam o casamento de hoje, muitas vezes causam problemas que acabam nos gabinetes pastorais. As pesquisas realizadas nos últimos anos demonstram insistentemente que os problemas conjugais levam mais pessoas a procurarem aconselhamento pastoral ou psicológico do que qualquer outro motivo isolado.


Como pastor, digo que não é fácil ajudar um casal a resolver um conflito matrimonial e construir um casamento melhor, mas esta pode ser uma das mais gratificantes experiências que um pastor ou psicólogo pode ter.  


Próxima semana vamos analisar sobre o que a Bíblia nos diz sobre os problemas conjugais. Que Deus abençoe você querido leitor e até a próxima semana.
Gilberto de Lima é formado em Teologia pela Faculdade Teológica Batista do Paraná, palestrante nas áreas de famílias e casais e pastor da Primeira Igreja Batista de São Tomé.


Contato: gilbertolima1978@hotmail.com


REFERÊNCIAS:
LAUER J., Casamentos Feitos para Durar. Rio de Janeiro: Imago, 1985.
HENRI J.M., Crescer: os três movimentos da vida espiritual. São Paulo: Paulinas, 2000
COLLINS, Gary. Aconselhamento Cristão. São Paulo: Vida Nova, 2004.
POUJOL. Jacques e Claire. Manual de relacionamento de ajuda: conselhos práticos para aconselhamento psicológico e espiritual. São Paulo: Vida Nova, 2006.
SOBRINHO, J.F. Aconselhamento cristão em tempos de crise. Rio de Janeiro: UFMBB, 2004.


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