O PT se move internamente para evitar que o presidente Jair Bolsonaro (PL) avance em intenções de voto no estado de São Paulo. O intuito do partido é fazer ajustes para que Lula (PT) siga à frente nas pesquisas ou, pelo menos, não permita uma vantagem muito ampla de Bolsonaro no maior colégio eleitoral do país.
Fontes do partido ouvidas pelo blog avaliam que a campanha precisa fazer ajuste para evitar que uma eventual vantagem de Bolsonaro no eleitorado de maior renda, no qual o presidente possui mais entrada em comparação ao ex-presidente, alcance os eleitores de renda mais baixa – onde Lula tem vantagem.
A preocupação é que a melhora do ambiente econômico interfira neste segmento, que pode adotar postura similar à de 2018 e aderir a Bolsonaro.
No início da semana, houve uma reunião da coordenação de São Paulo com a nacional para discutir estratégias de olho no eleitor paulista. Vice na chapa de Lula, Alckmin participou para afinar a estratégia conjunta entre as campanhas Fernando Haddad, candidato do PT ao governo, e Lula.
Embora estejam monitorando os números em SP, o PT lembra que o partido venceu as eleições nacionais em 2006, 2010 e 2014 sem vencer nas urnas paulistas. Então, mesmo se empatar com Bolsonaro, o resultado seria comemorado. O que a campanha quer, ao discutir novas estratégias, é evitar uma eventual vantagem de Bolsonaro no estado.
Na avaliação de especialistas em pesquisas ouvidos pelo blog, um empate em SP para Lula seria igual gol fora de casa: vale muito. E, sem vencer em SP por uma boa margem, Bolsonaro não vence no Brasil.
Números em SP
Segundo pesquisas do Ipec, os dois candidatos mantém mesmo patamar de intenções de voto em quem ganha mais de 5 salários em São Paulo.
Em pesquisa feita de 12 a 14 de agosto, Bolsonaro somara 39% das intenções e Lula, 35%. Já em levantamento realizado de 3 a 5 de setembro, o atual presidente somou 36% das intenções, enquanto Lula, 35%.
No entanto, petistas ligaram o alerta ao ver o crescimento do candidato de Bolsonaro em São Paulo. Em um mês, Tarcísio de Freitas saltou de 12% das intenções de voto para 21%, de acordo com o Ipec.
Haddad, candidato do PT, subiu de 29% para 36% no mesmo intervalo, enquanto o atual governador, Rodrigo Garcia, saiu de 9% e chegou a 14% - com Tarcísio se descolando como 2ª força no estado.
fonte: G1
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