“Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma” 3 João 1.2
Muitas pessoas em nossa geração vivem preocupadas com o seu peso. É impossível saber quantas pessoas estão fazendo regime, pensando em começar um ou preocupadas porque estão ganhando peso novamente, apesar de continuarem no regime. Existem dezenas, talvez centenas de regimes alimentares, inclusive alguns com uma base cristã. Alguns são seguidos a risca e com grande entusiasmo, outros inspiram graus variados de fidelidade, mas a maioria é absolutamente inútil.
A obesidade é um dos transtornos alimentares que envolvem a condição física do indivíduo. Por esta razão, é crucial que o diagnóstico e tratamento seja feito por um médico especialista. Conselheiros que não são formados em medicina não estão habilitados a tratar de problemas físicos, mas podem ajudar bastante se tiver pelo menos uma compreensão dos aspectos fisiológicos mais comuns dos transtornos alimentares como a obesidade. De acordo com a definição mais aceita, uma pessoa obesa é quando seu peso corporal é, pelo menos, 20 por cento maior que o peso ideal, listados nas tabelas padronizadas. Esta é uma medida aproximada, e alguns médicos sugerem que o “teste do globo ocular” é o mais preciso. A pessoa fica obesa e acumula gordura, porque está ingerindo mais calorias do que utiliza para produzir energia. Mas por que isso acontece com tantas pessoas? Como pastor não sou especialista nesse assunto, mas entendo que as razões são tanto fisiológicas quanto psicológicas.
As causas fisiológicas são de pelo menos dois tipos. Todos nós temos controle sobre fatores externos tais como o que comemos, quanto comemos e quanto exercício praticamos. Esses fatores tem relação com nosso peso. Por outro lado, as influências internas, em sua maioria, estão fora de nosso controle, e incluem variáveis genéticas, tamanho das células gordurosas e tamanho do estômago e intestino.
As causas psicológicas estão centradas em hábitos e outros comportamentos aprendidos. Pessoas que gostam de comer e beber quando se reúnem, tendem a ganhar peso. Um estudo revelou que pessoas obesas sentem uma necessidade acima da média de passar tempo com a família e os amigos. Quando se sentem sozinhas, costumam compensar a solidão comendo.
Muitas pessoas comem mais quando estão estressadas, irritadas, ansiosas, culpadas, entediadas, deprimidas, sentindo pena de si mesmas, ou enquanto assistem televisão. Pessoas que estão tentando largar o cigarro costumam sentir uma necessidade maior de ingerir carboidratos. Este comportamento pode ter causas fisiológicas ou psicológicas. Evidências sugerem que crianças que foram ensinadas a “limpar o prato” acabam desenvolvendo o hábito de comer demais mesmo quando já estão satisfeitas ou não estão com fome, e este hábito as acompanha pela vida inteira. Tudo isso indica que a compulsão alimentar pode ser resultante de vários comportamentos aprendidos e influências emocionais.
Infelizmente, este é um tema extenso e com muitas questões a serem relatadas. Descrever sobre todas as causas que envolvem os transtornos alimentares seria além de maçante, impossível. Tentei mostrar a você querido leitor a grande influência que as causas fisiológicas e psicológicas possuem sobre no aumento de peso e levar a obesidade de uma forma bastante resumida, mas diante da importância do tema “transtornos alimentares”, aparecerá várias outras postagens relacionadas.
Próxima semana vamos ver, mesmo que de forma resumida, os comportamentos compulsivos. Na sequência, veremos o que a Bíblia diz sobre os vícios e compulsões. Deus abençoe você querido leitor e até a próxima semana.
Gilberto de Lima é formado em Teologia pela Faculdade Teológica Batista do Paraná, palestrante nas áreas de famílias e casais e pastor da Primeira Igreja Batista de São Tomé.
Contato: gilbertolima1978@hotmail.com
REFERÊNCIAS:
HENRI J.M., Crescer: os três movimentos da vida espiritual. São Paulo: Paulinas, 2000
COLLINS, Gary. Aconselhamento Cristão. São Paulo: Vida Nova, 2004.
POUJOL. Jacques e Claire. Manual de relacionamento de ajuda: conselhos práticos para aconselhamento psicológico e espiritual. São Paulo: Vida Nova, 2006.
SOBRINHO, J.F. Aconselhamento cristão em tempos de crise. Rio de Janeiro: UFMBB, 2004.
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