Em uma reviravolta que tem causado controvérsia, a desembargadora Graciema Ribeiro de Caravellas anunciou sua aposentadoria voluntária do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) após apenas 73 dias no cargo. A magistrada, que havia sido reintegrada aos quadros da Corte em outubro de 2022, recebeu mais de R$ 1 milhão em 2023, incluindo um salário mensal de R$ 37,5 mil, além de outros benefícios e indenizações1.
A carreira de Graciema foi marcada por controvérsias, tendo sido aposentada compulsoriamente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2010, por supostamente participar de um esquema de desvio de fundos do TJ-MT para a Loja Maçônica Grande Oriente do Estado. No entanto, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em 2022, baseada na alegação de que sua conduta foi ‘meramente passiva’ e que ela ‘nem sequer foi denunciada criminalmente’, permitiu seu retorno ao tribunal1.
A notícia de sua aposentadoria e os ganhos significativos que acompanham sua saída têm gerado discussões acaloradas sobre a integridade do sistema de justiça e o uso de recursos públicos. O caso levanta questões importantes sobre as políticas de aposentadoria e os benefícios concedidos a funcionários públicos em posições de alto escalão1.
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