VW confirma para março o lançamento do ID.Buzz, versão “século XXI” do célebre utilitário, agora totalmente elétrico
Versão de produção de um carro-conceito apresentado em 2017, a sucessora da Kombi terá seu lançamento global no dia 9 de março próximo.
Do protótipo, além das linhas e proporções, ela traz também o nome: ID.Buzz. Sua propulsão será exclusivamente elétrica, como os outros recentes modelos que a VW apresentou na Europa.
Com esses, aliás, a minivan compartilha a plataforma MEB, criada pela marca de Wolfsburg para sua geração de modelos movidos somente a baterias, como os ID.3 e ID.4. Por isso, é muito provável que, tanto em termos de autonomia, quanto de potência e torque, ela fique, também, próxima a ambos.
O interessante é que, entre as características desses modelos está a tração traseira – pelo menos nas versões mais simples, o motor elétrico é instalado sobre o eixo de trás. Igual aos antigos VW com motor refrigerado a ar, como o Type 2, nome industrial da Kombi.
As semelhanças mecânicas com a antepassada, no entanto, terminam aí. O motor elétrico gera 204 cv de potência e 31,6 kgfm de torque, suficientes para fazer com que o modelo acelere de 0 a 100 km/h em ligeiros 8,5 segundos e atinja a velocidade máxima de 160 km/h, limitada eletronicamente.
A previsão é de que o novo carro já chegue com diferentes versões, para passageiros ou carga e, quem sabe, até com uma opção para camping – uma configuração de grande sucesso na Europa nos “velhos tempos”.
Herdeira de uma tradição
Depois do Fusca, a Kombi é, sem dúvida o modelo historicamente mais marcante da VW em todos os tempos. Aqui no Brasil, dificilmente você encontrará alguém com mais de, digamos, 10 anos de idade, que nunca tenha entrado em uma delas, ao menos uma vez na vida.
Desde o início de sua produção por aqui, em 1957, até hoje – a despeito de ter saído de linha em 2013, há ainda muitas delas pelas ruas –, esse pão de forma com quatro rodas e som marcante é personagem no mínimo figurante de nosso cotidiano.
Relativamente barata, versátil, robusta e, por que não, simpática, ele se prestou (e ainda presta) aos mais variados usos.
É claro que, com toda essa idade, a despeito das modernizações e melhorias que recebeu ao longo dos anos, o carro ficou defasado, bem defasado. Esse, aliás, foi o principal motivo para ter sua produção encerrada aqui no Brasil, último país em que ainda era fabricada, a despeito de ainda vender razoavelmente bem àquela altura.
Como vimos, porém, a nova Kombi pouco tem a ver com a “velha senhora” além de, quem sabe, o formato de sua silhueta. Altamente tecnológica, segura e eficiente, ela deve até ganhar uma versão mais “quente”, com tração integral e potência de 400cv.
Finalmente, a famosa Kombi envenenada que o tricampeão de Fórmula 1 Nelson Piquet tem em sua coleção – com motor Audi turbinado de até 470 cv – terá uma rival à altura. Isso, claro, quando e se vier para o Brasil. Ainda não há previsão oficial para isso.
Fonte: icarros.com.br
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