O Brasil enfrenta uma grave epidemia de dengue nos primeiros meses de 2024, com um aumento de mais de 200% no número de casos em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo dados do Ministério da Saúde, foram registrados mais de 217 mil casos de dengue nas quatro primeiras semanas do ano, contra 65.366 casos no mesmo período de 2023. Além disso, 15 mortes pela doença foram confirmadas e 149 óbitos seguem em investigação.
A dengue é uma doença transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, que se reproduz em locais com água parada. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dor no corpo, manchas vermelhas na pele e, em alguns casos, sangramento. A doença pode evoluir para formas graves, como a dengue hemorrágica e a síndrome do choque da dengue, que podem levar à morte.
Entre os fatores que contribuem para o aumento dos casos de dengue no país estão as condições climáticas favoráveis à proliferação do mosquito, como o calor excessivo e as chuvas intensas, possíveis efeitos do fenômeno El Niño, e o ressurgimento dos sorotipos 3 e 4 do vírus da dengue no Brasil, que não circulavam há alguns anos e podem causar infecções mais severas em quem já teve contato com os sorotipos 1 e 2.
Para tentar conter a epidemia, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação da vacina da dengue Qdenga ao Sistema Único de Saúde (SUS) em dezembro do ano passado. A vacina, que é produzida pelo laboratório Sanofi Pasteur, é a primeira do mundo a ser aprovada para uso em humanos e tem eficácia de 66% contra os quatro sorotipos da dengue. A vacinação deve começar em fevereiro deste ano, com foco nos adolescentes de 10 a 14 anos, que estão entre o público com maior número de internações pela doença. Ao todo, cerca de 500 municípios em 16 estados devem receber o imunizante.
Além da vacinação, o Ministério da Saúde recomenda que a população adote medidas de prevenção contra a dengue, como eliminar os possíveis criadouros do mosquito, usar repelente, usar roupas que cubram a pele e procurar atendimento médico em caso de suspeita da doença.
Fontes: G1, CNN Brasil.
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