R$ 319 milhões serão aplicados em obras de recuperação e duplicação no trecho de 220 km que liga Maringá a Francisco Alves
Membros do Governo Estadual anunciaram nesta sexta-feira (18), no auditório da Prefeitura em Cianorte, para a imprensa e lideranças municipais R$ 319 milhões em investimento nos 220 km da Rodovia PR-323 que ligam Maringá a Francisco Alves. As obras de restauração, conservação, construção de terceiras pistas e duplicações foram divididas em quatro etapas: de curtíssimo, curto, médio e longo prazo. As medidas precisaram ser tomadas após a quebra de contrato junto a Parceria Público-Privada (PPP) estabelecida com empreiteiras.
A primeira etapa, de curtíssimo prazo, prevê investimentos de R$ 10 milhões até o final deste ano e outros R$ 26 milhões até março do ano que vem em obras de conservação e manutenção da rodovia. O valor, já garantido, é proveniente de contratos firmados anteriormente em outros empreendimentos que passarão a estar concentrados na pista.
Paralela a esta primeira fase, o Estado pretende lançar uma licitação de restauração completa da rodovia. “Esse era o primeiro passo aprovado pela PPP e não queremos fugir disso, até para dar uma tranquilidade à população que discutiu na época o modelo”, disse o secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, José Richa Filho. Junto às obras neste trecho, serão criadas terceiras pistas. Esta fase deve iniciar em abril.
A médio prazo, o Governo pretende contratar estudos para as duplicações das pistas, que por estarem próximas às cidades também envolvem obras nas marginais, trincheiras, trevos e passarelas. “É um pouco mais demorado, pois não conseguimos fazer com equipe própria, precisamos contratar projetos e dentro do setor público temos regras, prazos e leis a seguir, [...] Não é só uma questão de recursos que nós alocamos”, garante José Richa Filho. Nesta etapa serão investidos R$ 95 milhões.
Algumas prioridades foram apontadas. “Em Cianorte onde não temos nenhuma duplicação será o maior trecho, pois entendemos que tem uma necessidade muito grande. A interferência das vias urbanas é o que gera os acidentes e por isso vamos dar um tratamento especial, principalmente, nas proximidades da saída de Maringá, Cianorte e Umuarama”, disse o diretor geral do Departamento de Estradas e Rodagem (DER), Nelson Leal Junior.
As ações de longo prazo, que deverão ser tratadas no segundo semestre do ano que vem, admitem que a rodovia precisará ser concessionada, devido a grande quantidade de recursos que requer. “Importante lembrar que todos os investimentos que iremos fazer, em uma futura concessão, deverão ser abatidos no preço do pedágio”, garantiu o secretário chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni.
“Todos nós temos um grande interesse por essa rodovia, pois sabemos da importância dela para a população. Acompanhei desde os primeiros dias da PPP: os primeiros encontros, as audiências públicas, enfim as inúmeras reuniões que fizemos junto ao Governo e às empreiteiras. Ninguém poderia adivinhar o que iria acontecer. De imediato, não foi possível a concretização da tão sonhada duplicação, mas nem por isso deixamos de fazer o nosso trabalho, sempre buscando as melhoras alternativas, para corrigir e acreditamos que em breve teremos uma rodovia de qualidade para transitar”, disse o deputado estadual, Jonas Guimarães.
“Foi importante o nosso convite aos representantes do Governo do Estado, pois eles esclareceram o que de fato irá acontecer. Ficamos muito contentes pelas boas notícias, uma vez que teremos inicialmente a restauração da malha que já existe, para depois contarmos com a duplicação”, comentou o prefeito Bongiorno. A comitiva, também composta pelo secretário de Comunicação Social do Estado, Márcio Vilela, esteve pela manhã em Umuarama realizando esclarecimentos.
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