O Instituto Água e Terra (IAT) aplicou R$ 1,6 milhão em multas por desmatamento ilegal na região oeste do Paraná, entre os dias 13 e 26 de setembro.
O IAT emitiu 15 autos de infração ambiental (AIA), que resultaram no embargo de uma área de 193,88 hectares.
Durante as operações de fiscalização em 2023, a região, um forte polo agropecuário do Paraná, já teve 805,48 hectares de área desmatada embargados e em processo de recuperação ambiental.
As multas aplicadas de janeiro a setembro somaram R$ 7,1 milhões.
As áreas embargas estão nos munícipios de Diamante do Sul, Guaraniaçu, Catanduvas, Campo Bonito, Cascavel, Três Barras do Paraná, Boa Vista da Aparecida, Capitão Leônidas Marques, Lindoeste, Corbélia, Ibema e Santa Lúcia.
Segundo o governo do Paraná, o desmatamento ilegal caiu 42% entre 2021 e 2022, conforme indicado pelo Relatório Anual do Desmatamento no Brasil da plataforma colaborativa MapBiomas.
Além disso, a Fundação SOS Mata Atlântica destacou que o Paraná liderou a redução do desmatamento ilegal na Mata Atlântica no país durante os primeiros cinco meses de 2023, com uma queda de 54% na área de vegetação suprimida em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Everton Souza, diretor-presidente do Instituto Água e Terra, enfatizou que esses indicadores positivos refletem a eficácia das ações de monitoramento, fiscalização, repressão e educação ambiental do estado, reforçando a política de tolerância zero para crimes ambientais no Paraná.
Monitoramento
O Núcleo de Inteligência do IAT utiliza imagens de satélite, incluindo as da PlanetScope, para monitorar alertas das plataformas Mapbiomas e Global Forest Watch, que têm resolução espacial de 3 metros e são capturadas diariamente.
Desde 2019 até julho de 2023, o núcleo recebeu 4.797 alertas de desmatamento, correspondendo a cerca de 20 mil hectares paranaenses desmatados, aproximadamente 20 mil campos de futebol. O IAT já autuou mais de 50% das áreas desmatadas, aplicando cerca de R$ 350 milhões em multas durante esse período.
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