Simulação de assassinato do presidente consta na produção do filme A Fúria e vazou durante o último fim de semana
Bastidores de uma produção audiovisual que simulou um atentado contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) repercutiram nas redes sociais durante o último fim de semana. Responsável pela produção, a Acere Produção Artística e Cultural disse que a cena em questão foi “tirada de contexto”.
Na cena em questão, um ator caracterizado como Bolsonaro é filmado caído no chão ao lado de uma motocicleta, aparentemente simulando um homicídio. A produção em questão pertence ao filme A Fúria, do veterano cineasta Ruy Guerra.
Segundo a produtora, em registros na Agência Nacional do Cinema (Ancine), o filme faz parte de uma trilogia composta de Os Fuzis (1964) e A Queda (1976). A empresa se manifestou sobre a polêmica, mas não explicou o vínculo da imagem de Bolsonaro com o teor do enredo.
“Circula na internet uma imagem captada sem autorização de uma filmagem à qual se atribui suposto, e infundado, discurso de ódio. Ruy Guerra filmou um longa-metragem de ficção que será lançado no fim de 2023, portanto não há qualquer relação com o processo eleitoral e, muito menos, forjar fake news simulando um fato real”, comentou a produção do filme, em nota.
“O fato ilegal, neste caso, é a divulgação de uma cena retirada do contexto da história que será contada. Esclarecidos esses fatos, o diretor Ruy Guerra avisa que só fala de seu filme quando estiver pronto, como ele sempre faz.”
Aos 90 anos, Ruy Guerra é um veterano do cinema brasileiro. Nascido em Moçambique, está radicado no país desde 1958. Entre seus filmes de maior destaque estão Os Cafajestes (1962), famoso por inaugurar o nu frontal no país, além de adaptações de duas obras de Chico Buarque, Ópera do Malandro e Estorvo.
Fonte:revistaoeste.com
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