A cantora Sandy foi a convidada, desta terça-feira (15/8), do podcast de Fernanda Paes Leme e Giovanna Ewbank, o “Quem Pode, Pod”. A artista contou algumas histórias sobre sua carreira e comentou sobre dificuldades em algumas situações, que a levaram a sofrer crises de pânico.
“Eu era muito vigiada, muito cobrada, muito especulada, muito estigmatizada. Quando tinha 14 anos, alguém me fez essa pergunta: ‘Você pensa em casar virgem?’ e [a pergunta] não estava nem elaborada na minha cabeça”, desabafou.
Sandy acrescentou que a volta aos palcos pós-maternidade a deixou bastante insegura. “Fiquei apavorada, não sabia se saberia ser artista de novo. Tive crises de pânico, várias! Tinha dia que eu ficava chorando e falando: ‘eu não vou conseguir outro ensaio, não vou conseguir outro ensaio… não consigo fazer isso”, acrescentou.
Sintomas de crises de pânico
Segundo o psiquiatra Vital Fernandes Araújo, a crise de pânico é caracterizada por episódios súbitos e intensos de medo e desconforto, acompanhados por uma série de sintomas físicos e emocionais. “Durante uma crise de pânico, a pessoa experimenta um sentimento avassalador de perigo ou uma sensação iminente de morte”, diz Araújo.
Ele aponta os sintomas que acompanham uma crise de pânico:
Dor ou desconforto no tórax;
Sensação de engasgo;
Vertigens, instabilidade postural ou desmaios;
Medo de morrer;
Medo de enlouquecer ou de perder o controle;
Sensações de irrealidade, estranhamento ou distanciamento;
Agitação ou arrepios;
Náuseas, dores gástricas ou diarreia;
Sensação de dormência ou formigamento;
Palpitações ou frequência cardíaca acelerada;
Falta de ar ou sensação de asfixia;
Sudorese;
Tremores ou espasmos.
O que desencadeia uma crise de pânico
As crises de pânico ocorrem em pessoas que têm transtorno de ansiedade. Elas são causadas por estímulos que despertam medo ou desespero nas pessoas. Por exemplo, se o indivíduo tem medo de cobras, ele pode entrar em pânico ao se deparar com uma.
No podcast, Sandy disse que, durante a turnê com Júnior, tinha medo dos holofotes e das responsabilidades que eles representavam. “Os shows tinham duas horas e pouco [de duração], eu tinha que cantar, dançar, trocar de roupa, ser artista pop de novo, do nada, virar essa ficha. Eu não sabia se conseguiria fazer isso de novo, estava com medo, de verdade”, diz.
Como intervir em uma crise
O psiquiatra afirma que intervir em uma crise de pânico requer calma e empatia. “Busque formas de transmitir segurança para a pessoa, diga palavras de apoio, respire lentamente, afaste ela do ambiente que causou a crise e a acompanhe quando o ataque passar”, ensina Vital Fernandes Araújo.
Evitar crises de pânico passa por saber lidar com estresse e com a ansiedade, sendo que alguns pacientes podem precisar de medicamentos e acompanhamento terapêutico.