Os produtores de girassol de Goiás, que lideram a produção nacional da oleaginosa, devem encerrar a colheita até o próximo dia 15 de julho, conforme determina a Agrodefesa. A medida visa eliminar as plantas de soja que nascem espontaneamente no meio do girassol, após a safra de soja, e que podem hospedar a praga da ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi).
Como não há herbicida seletivo registrado no Mapa para combater as tigueras de soja sem prejudicar o girassol, a solução é colher o mais rápido possível e destruir as plantas voluntárias nas imediações da lavoura.
A safra de girassol 2022/2023 em Goiás deve ser recorde, com 48,7 mil toneladas, um aumento de 123,4% em relação à anterior. A produtividade deve subir 78%, para 1.495 kg/ha, e a área plantada deve crescer 25,4%, para 32,6 mil hectares.
O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, destaca que o girassol é uma cultura versátil e rentável, que pode ser cultivada em sucessão à soja, algodão, feijão e outras. Ele ressalta a importância de seguir as normas fitossanitárias para evitar problemas com pragas e doenças nas lavouras goianas.
A Instrução Normativa nº 01, de 05 de janeiro de 2022, alterou o calendário do girassol em Goiás, ampliando o prazo de plantio até 31 de março e o de colheita até 15 de julho.
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