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Foco de raiva é detectado em Porto Rico; rebanho a até 12 km deve ser vacinado
Noroeste
Foco de raiva é detectado em Porto Rico; rebanho a até 12 km deve ser vacinado
Cianorte / Noroeste / 27-01-2020

Doença foi detectada em um rebanho bovino. Segundo a Adapar, a raiva é transmitida pelo morcego hematófago, que se alimenta de sangue

Técnicos da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) confirmaram um foco de raiva em Porto Rico, cidade do extremo noroeste, às margens do Rio Paraná. O foco foi detectado  em um rebanho bovino. A doença ataca animais herbívoros (bois, ovelhas, cabras, búfalos, cavalos, entre outros).

A informação é do supervisor da Unidade Regional de Sanidade Agropecuária de Paranavaí, o médico veterinário Carlos Vieira da Costa Júnior.

Segundo ele, todo o rebanho que está num raio de 12 quilômetros deve ser vacinado. A vacina é adquirida em lojas veterinárias e 30 dias após a imunização deve ser dada uma dose de reforço. A Defesa Agropecuária orienta a fazer a vacinação do rebanho, em regiões onde ocorre a doença, uma vez por ano.  

A raiva é transmitida pelo morcego hematófago, também conhecido como morcego vampiro, que se alimenta basicamente do sangue, mas também ataca aves, como galinhas.  

De acordo com o veterinário Costa, existem mais de 100 espécies de morcegos. Mas somente três são hematófagos. Todos os morcegos podem carregar o vírus da raiva, mas para que ocorra a transmissão é necessário o contato da saliva com o sangue. Por isso os vampiros, que mordem os animais, são os transmissores mais frequentes. As outras duas espécies hematófagas são mais raras e atacam apenas aves.  

Estes morcegos têm hábitos noturnos e são encontrados em cavernas, ocos de árvore, minas e casas abandonadas.   

Os sintomas mais comuns da contaminação é a respiração ofegante, o descontrole da coordenação motora e a morte em dez dias. O animal contaminado pela raiva sempre vai a óbito.  

Segundo Costa, os produtores da região que identificarem animais com sintomas suspeitos ou algum ambiente suspeito de alojar os morcegos, como também desejarem saber se sua propriedade está na área do foco, devem procurar uma unidade de defesa sanitária – as mais próximas de Porto Rico estão nos municípios de Santa Cruz de Monte Castelo e Loanda. Os técnicos vão confirmar a doença e, se for o caso, fazer a “caçada ao morcego”.   

Um dos grandes problemas no controle da raiva está na captura dos hematófagos para aplicação da pasta vampiricida, um veneno à base de anticoagulante que é levado para dentro dos abrigos pelos animais capturados. O ideal é que a coleta seja feita durante a noite e com redes armadas próximas à saída do esconderijo, mas nunca dentro. A captura durante o dia e dentro do abrigo é perigosa e quase sempre resulta na subdivisão da colônia.  

TAPIRA – Fora da área de atuação do Escritório Regional de Paranavaí da Adapar, mas também na região, há um segundo foco de raiva, transmitida pelos morcegos hematófagos. Este foco está localizado no município de Tapira, numa propriedade às margens do Rio Ivaí.  

Também neste caso é preciso imunizar o rebanho que está no raio de 12 quilômetros. O procedimento é o mesmo. Além de Tapira, as unidades de defesa sanitária e escritórios de atendimento no entorno estão em Santa Mônica, Planaltina do Paraná e Cidade Gaúcha.  

 

Fonte: Colaboração Jorge Roberto da Silva


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