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Réu por injúria e incitação ao racismo, Bolsonaro tenta adiar julgamento
Politica
Réu por injúria e incitação ao racismo, Bolsonaro tenta adiar julgamento
Cascavel / Politica / 07-06-2018

Réu no Supremo Tribunal, deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) tem se valido de manobras para adiar seu julgamento para depois das eleições para presidente. Seu objetivo, com isso, é não se tornar inelegível, o que deve acontecer caso ele seja condenado, segundo critérios da Lei da Ficha Limpa. Bolsonaro responde pelo crime de injúria contra a deputada Maria do Rosário (PT-RS), a quem teria dito “não merecer ser estuprada, por ser muito feia”. O deputado também é réu por incitação ao estupro,em processo movido pela Procuradoria-Geral da República (PGR). As informações são do Jornal O Globo.

 

Para atrasar os processos, que já estão em sua fase final de instrução, Bolsonaro indicou como testemunhas dois aliados, que se utilizaram de suas prerrogativas parlamentares para informar que só poderão depor em agosto. Com os próximos estágios do processo, que são o interrogatório do próprio Bolsonaro e o prazo dado para as alegações finais, é muito difícil que o caso seja julgado antes das eleições.  


O deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), havia se colocado à disposição o para depor em maio, mas foi substituído pela defesa de Bolsonaro por Onyx Lorenzoni, que estaria disponível, inicialmente, para o mês de junho, mas que depois avisou que só poderia depor na segunda semana de agosto. Já a segunda testemunha, o Pastor Eurico (Patriota-PE) foi intimada em Novembro do ano passado, mas ignorou o prazo dado para o agendamento de seu depoimento. Após nova intimação, em Março passado, informou que só poderá falar após o dia 25 de agosto. Tanto Marinho como Onyx alegaram que não agiram em favor de Bolsonaro, mas que estão atribulados por conta de outros compromissos.

 

A defesa de Maria do Rosário pediu para que as testemunhas fossem dispensadas, já que não estavam presentes no momento da agressão. Também se posicionou a favor do cancelamento o remarcação a procuradora-geral Raquel Dodge, com o entendimento de que a indisponibilidade dos parlamentares “não pode ser utilizada para postergar os atos judiciais sem justificativa plausível e além dos limites estabelecidos”. Relator do processo, o ministro Luiz Fux poderá decidir sozinho ou levar o caso à Primeira Turma do STF.

 


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