Sbado, 27 de Abril de 2024
Vereador Edvaldo ‘Estância Luana’ tem mandato cassado na Câmara de Cianorte
Câmara Municipal de Cianorte
Vereador Edvaldo ‘Estância Luana’ tem mandato cassado na Câmara de Cianorte

 Mandado de segurança da Justiça anulou votação realizada em agosto; em nova votação, repetiu-se o placar de 6 a 3, levando à cassação do vereador denunciado Uma decisão liminar da Justiça da Comarca de Cianorte, conforme mandado de segurança nº 0012630-54.2023.8.16.0069 pelo Juízo da 1ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Cianorte, ordenou que a Câmara de Vereadores de Cianorte realizasse nova votação de julgamento da denúncia contra o vereador Edvaldo Matias de Oliveira ‘Estância Luana’ (Patriota), realizada pela direção do Partido Verde (PV) de Cianorte. A votação realizada em 24 de agosto deste ano foi considerada anulada, devido a um entendimento da Justiça que, o Legislativo se valeu do Decreto-Lei Federal nº 201/67, pelo qual, para se confirmar a cassação são necessários dois terços dos votos, como são 10 vereadores, precisaria de 7 votos favoráveis. Entretanto, conforme o Art. 41 da Lei Orgânica Municipal, a cassação é confirmada com a maioria absoluta, neste caso com 6 votos favoráveis, em caso de quebra de decoro. Por isso, houve a liminar para que uma nova votação fosse realizada à luz da Lei Orgânica. Desta feita, o presidente da Câmara Municipal, vereador Wilson Pedrão, expediu na quinta-feira, 7, o aviso de convocação para sessão extraordinária de julgamento da denúncia para a manhã desta segunda-feira, 11. A denúncia em discussão foi assinada pelo presidente do PV de Cianorte, Carlos Roberto Destefano, e registrada no Legislativo de Cianorte sob o Processo Administrativo nº 057/2023, que teve como comissão processante escolhida por meio de sorteio os vereadores Maria Neuza Casassa (Podemos) como presidente, Afonso Lima (Rede) como relator e Wilson Pedrão como membro. O advogado Agnaldo Juarez Damasceno, representando o vereador Edvaldo ‘Estância Luana’, justificou a ausência do denunciado apresentando um atestado de 30 dias por problemas médicas, requerendo uma suspensão do ato. O presidente Wilson Pedrão disse que estavam reunidos conforme decisão judicial e afirmou que dariam prosseguimento, pois a ausência do denunciado não causaria prejuízo ao ato, tendo em vista que o advogado estava o representando, sendo que o conteúdo do processo é o mesmo já analisado em agosto, sem apresentação de novas provas. O advogado Agnaldo Damasceno se retirou, pedindo a juntada do atestado ao processo e disse que não ficaria no plenário em represália à decisão de continuação da sessão. Assim, o presidente do Legislativo Wilson Pedrão procedeu a leitura do processo administrativo que apurou a representação de denúncia por infração político-administrativa e quebra de decoro parlamentar, visando a cassação do mandato do vereador Edvaldo ‘Estância Luana’, nos casos de suposto furto de energia elétrica da COPEL e de suposto abuso de autoridade contra servidores da Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Após a leitura da representação foi aberto espaço para que os vereadores fizessem suas considerações com tempo de 15 minutos para fazer a explanação, apenas o vereador Vantuir Carlos da Silva ‘Tuika’ (PV) usou da palavra para emitir sua opinião sobre o processo. Na sequência, o presidente Wilson Pedrão prosseguiu com a chamada para a votação aberta em ordem alfabética das denúncias apresentadas contra o vereador Edvaldo ‘Estância Luana’. Primeiro foi votado o caso de furto de energia elétrica, tendo seis votos favoráveis à cassação, de Afonso Lima, Carlos Roberto da Silva ‘Nenão da Júpiter’ (Solidariedade), Pastor Dejair Melo (MDB), Rodrigo Rezende (PSD), Thiago Fontes (União Brasil) e Wilson Pedrão; e três votos contrários, de Márcia Pereira (PL), Neuza Casassa e Tuika. Em seguida, houve a votação referente ao caso da UPA, com três votos a favor da cassação, de Afonso Lima, Nenão da Júpiter e Pastor Dejair. Os demais vereadores votaram contra a denúncia. Sendo assim, ao final das votações, o vereador Edvaldo ‘Estância Luana’, apesar de ser absolvido da denúncia do caso da UPA, foi declarado cassado frente à denúncia do Partido Verde referente ao caso de furto de energia elétrica, pois obteve 6 votos favoráveis à cassação nesta votação.

Veja vídeo abaixo com a explicação do advogado ao reporter Miotto


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