Juiz manda investigar oficial de Justiça que tentou intimar morto em cemitério
Sábado, 09 de Dezembro de 2023
Juiz manda investigar oficial de Justiça que tentou intimar morto em cemitério
Comportamento
Juiz manda investigar oficial de Justiça que tentou intimar morto em cemitério
Comportamento / 19-10-2023

O juiz da 1ª Vara Criminal de Gurupi, no interior do Estado do Tocantins, Baldur Rocha Giovannini, determinou que a Corregedoria do Tribunal e a direção do Fórum investiguem o oficial de Justiça Cácio Antônio de Oliveira por ter ido ao cemitério intimar a vítima de um crime de latrocínio (roubo seguido de morte) falecida em abril de 2022.

A sentença condenatória dizia: “Intime-se pessoalmente a vítima, e caso seja falecida, intime-se o CADE (cônjuge, ascendente, descendente ou irmão)”. Oliveira foi até o cemitério em que Francisco de Assis Sousa está enterrado, na cidade de Dueré, a 55 quilômetros de Gurupi. O oficial chamou a vítima pelo apelido que tinha em vida, “Soviético”, e registrou a ocorrência em uma certidão.

O oficial de Justiça Cácio Antônio de Oliveira será investigado pela Corregedoria do TJ-GO e pela direção do Fórum por causa dessa certidão Foto: Reprodução/TJ-GO

O oficial de Justiça Cácio Antônio de Oliveira será investigado pela Corregedoria do TJ-GO e pela direção do Fórum por causa dessa certidão Foto: Reprodução/TJ-GO© Fornecido por Estadão

A intimação da vítima é um procedimento habitual em processos criminais que resultaram em decisão condenatória. Isso porque, dependendo do que for decidido na sentença, a vítima pode ter direito de executar nas varas cíveis uma multa, a ser paga pelo condenado. Nesse caso, ela foi de 100 salários mínimos, o que equivale a R$ 132 mil. Se a vítima estiver morta, quem detiver os direitos sucessórios (filhos, pais, cônjuge) pode cobrar essa multa na Justiça.


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